quinta-feira, 29 de março de 2012

4 dicas para acertar no estoque da sua empresa


Um bom gerenciamento pode diminuir custos e evitar a debandada de clientes e o desperdício de produtos

Quando um empreendedor começa a perder produtos, clientes ou dinheiro é hora de acender uma luz de alerta. O problema pode ser uma má gestão do estoque. Este costuma ser um dos pontos fracos das pequenas empresas. "Observa-se que muitas empresas têm dificuldade de fazer isso de forma profissional. Trabalha-se com estoque alto e desbalanceado", explica Mauro Sampaio, professor da Business School São Paulo. Segundo ele,  a grande dificuldade está ligada à falta de conhecimento de como proceder o planejamento de produtos.

Um estoque bem organizado é uma das formas de manter clientes fiéis. "Gerenciar bem o estoque significa cumprir os prazos de entrega prometidos, o que  aumenta a confiança dos consumidores, mantém a receita e, consequentemente, o faturamento", explica Lars Meyer Sanches, professor de Logística do Insper.

Saber a quantidade de produtos que se deve manter evita gastos extras como contratação de funcionários temporários para uma produção não programada ou uma taxa mais alta para uma entrega de última hora. Custos com armazenagem também podem ser reduzidos. "Quanto maior o estoque, maior o lugar para guardar e maior também o seguro", destaca Sanches.

Além disso, em caso de produtos perecíveis ou que sofrem mudanças rápidas como objetos de moda e tecnologia, um estoque excessivo pode levar o empresário a ficar com peças encalhadas.

Sanches caracteriza estoque como dinheiro parado em mercadorias, que pode consumir parte do capital de giro quando não é bem gerenciado. "Esse dinheiro pode fazer falta em alguma outra coisa e gerar a necessidade de fazer empréstimos". Ou seja, gerenciar bem os estoques ajuda a liberar recursos que poderiam ser mais bem investidos em áreas estratégicas para a expansão da empresa.

A grande chave para o sucesso é encontrar a quantidade ideal de estoque que não onere custos de armazenagem nem de entrega, de forma a não haver produtos em falta quando o cliente procurar.

1. Calcule a previsão de demanda
Estimar quanto será vendido de cada produto permite que o empresário compre ou produza melhor. "A margem entre a demanda prevista e a real dé uma dimensão do estoque de segurança. Erros maiores vão exigir um estoque de segurança maior", explica Sampaio.

Sanches destaca a importância do chamado estoque de segurança. "Serve para cobrir variações, seja nas vendas ou no suprimento". Essa previsão é calculada com base em variações de demanda prevista e real, nos tempos de produção e entrega e no nível de serviço prestado. O especialista afirma que, o ideal, é calcular a quantidade de segurança de cada produto.

2. Defina a quantidade de estoque
 Para prever a necessidade de cada produto, o professor Lars Meyer Sanchess sugere a aplicação de fórmulas matemáticas específicas para isso. "Há cursos, universidades ou mesmo livros que o pequeno empreendedor pode buscar para aprender isso. Em casos mais simples, o próprio Excel é capaz de ajudar".

A ideia é escolher alguns itens mais importantes e observar o tempo que demoram para chegar do fornecedor e em que prazo costumam ser vendidos. Essas são as informações básicas para determinar qual é o estoque mínimo de cada item.

3. Escolha o modelo de reposição
Existem reposições contínuas e periódicas. Como explica Sampaio, para produtos com maior valor agregado, normalmente utiliza-se o modelo de reposição contínua, segundo o qual os pedidos são feitos no momento em que o estoque atinge o ponto de reposição. O outro tipo de repor produtos é agendado e, normalmente, utilizado para materiais mais baratos que representam uma parcela menor dos lucros do negócio.

Cada modelo tem suas vantagens e desvantagens, que devem ser analisadas. "Com a reposição contínua, mantém-se o nível de estoque mais baixo e os pedidos são feitos mais constantemente, o que pode onerar custos, mas diminui gastos com armazenagem. Com a reposição periódica, no entanto, consolido pedidos, que são recebidos num tempo determinado, mas assumo um risco de ficar sem o material caso haja uma mudança de hábitos de consumo ou uma estratégia de marketing que alavanque as vendas", diz Sampaio.

4. Avalie o fornecedor além do preço
A escolha de quem fornece os produtos não deve se basear apenas no preço e da qualidade. Também devem ser considerados a velocidade de entrega e a flexibilidade. "Precisa-se levar em conta o tempo entre o pedido e a entrega. Caso tenha fornecedores mais rápidos e flexíveis, posso manter menos estoque", explica Sanches.
Fonte: exame.com

segunda-feira, 26 de março de 2012

Descubra como deixar sua vida financeira melhor neste ano com 20 conselhos infalíveis


1 Concentração 
Se você cair em tentação e começar a comprar tudo o que quiser, corre o risco de perder o controle das finanças. Se estiver usando cartão de crédito, só verá o estrago quando a fatura chegar à sua casa. Se fizer os pagamentos com cartão de débito, poderá entrar de cheque especial sem perceber. Erasmo Vieira, consultor financeiro da Planilhar, em Belo Horizonte, diz: "Perder o foco aumenta muito a possibilidade de endividamento".
Além disso, se você atender a um impulso consumista, poderá pagar juros altos. O preço de uma tevê de LCD de 46 polegadas é 2 785,16 reais à vista. Se você parcelar em dez vezes, vai pagar 309,90 reais mensais. A parcela pode até caber no seu orçamento, mas 313,84 reais serão perdidos com o pagamento de juros de 1,99% ao mês.


2 Foco 
A melhor forma de se manter comprometido com seu plano financeiro é dar prioridade a seus sonhos e objetivos. Espalhar lembretes, fotografias e outras ferramentas inspiradoras pela casa pode ser um jeito interessante de manter o olho na sua meta. 


3 Amostra 
Antes de elaborar o plano financeiro, faça um acompanhamento de gastos e receitas por três meses. Com uma planilha simples você consegue perceber quais são os ralos de dinheiro e como pode cortá-los ou mudar seus hábitos de consumo.


4 Dívidas 
Antes de fazer qualquer investimento, o consultor Erasmo Vieira sugere a quitação das dívidas para evitar o gasto com juros. Uma alternativa é trocar uma dívida mais cara por uma mais barata. Se você caiu no crédito rotativo do cartão de crédito, vai pagar juros mensais de 10%. Você pode fazer um empréstimo consignado com juros de 2% ao mês e usar a grana para quitar a dívida do cartão de crédito, que tem juros maiores. 


5 Conquistas 

Valorizar suas conquistas faz com que permaneça motivado a manter suas contas no azul. "Se uma aquisição fizer você entrar no cheque especial, isso não é uma conquista, mas uma compra errada", diz o consultor Erasmo Vieira. Você pode se presentear depois de uma promoção no trabalho, desde que haja um planejamento para esse gasto e ele não comprometa suas contas. Se a promoção vier e seu orçamento estiver apertado, comemore com parcimônia.




6 Programação 
Na hora de montar a programação financeira, lembre-se de fazer uma reserva para eventos ao longo do ano. "Não adianta cuidar das finanças o ano inteiro sem estimar quanto é preciso poupar para as datas relevantes", afirma Altemir Farinhas, consultor da Equilíbrio Financeiro, de Curitiba. Em dezembro há as compras dos presentes de Natal e logo depois vem o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), que chega a 4% do valor de venda do carro, variando conforme o estado. Julho é o mês em que as crianças estão de férias, mas a mensalidade escolar continuará lá, nas contas a pagar. 


7 Visibilidade 
Na hora de montar suas planilhas financeiras mensais, lembre-se de deixar as datas de vencimento das contas bem visíveis, de preferência na lateral esquerda do documento. "Visualizando as datas fica mais fácil memorizar os vencimentos e evitar atrasos", afirma o consultor Altemir Farinhas. 


8 Praticidade 
Se mesmo com planilhas e alertas você acaba se esquecendo de pagar as contas, uma opção é usar o débito automático. Cadastrar-se como um sacado eletrônico no Débito Direto Autorizado (DDA) permite que você visualize pelo site do banco os boletos emitidos em seu nome. Assim, é possível se planejar e os valores serão automaticamente debitados de sua conta, desde que haja saldo suficiente para os pagamentos. 


9 Prioridade 
É claro que ninguém vai dizer para você pagar uma parte das contas e deixar outras de lado, mas é importante ter prioridades. As contas sobre as quais incidem juros, como a do cartão de crédito ou outros boletos bancários, devem ter preferência no pagamento. "Dê prioridade às dívidas com juros mais altos", diz o consultor Altemir Farinhas.


10 Educação 
Pagar as contas em dia e ainda ter dinheiro sobrando no fim do mês é uma habilidade quase exclusiva de quem investe pesado em educação financeira. Além dos livros e dos consultores, há muito conteúdo disponível em sites na internet. Na página da VOCÊ S/A na internet (www.vocesa. com.br) há sugestões de livros, pessoas para seguir no Twitter e blogs bacanas. Escolha sEus invEstimEntos 





11 Objetivo 

Antes de fazer um investimento, você deve definir qual é o objetivo da aplicação. Ela varia de acordo com os depósitos mensais e com o prazo para usar o dinheiro. No curto prazo, até um ano, investir no Tesouro Direto e na poupança são duas boas opções. No médio prazo, os fundos multimercado oferecem rentabilidade maior, mas são mais arriscados. Para investimentos de longo prazo, o consultor Raphael Cordeiro, da Inva Capital, em São Paulo, sugere as ações. 


12 Ponto de Partida 
Faça uma reserva para emergências equivalente a seis meses das suas despesas. Esse dinheiro pode ficar na poupança, que não cobra imposto e permite sacar a qualquer momento. Também é possível investir em um Certificado de Depósito Bancário (CDB) que pague 101% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).


13 Prazo 

Se sua meta for usar o dinheiro em no mínimo três e no máximo cinco anos, procure investimentos pouco agressivos, como o Tesouro Direto e a poupança. Se o seu prazo for de cinco a dez anos, prefira os fundos de ações ou multimercado. Lembre-se de que você não deve usar esse dinheiro para pagar despesas com emergências.


14 Informação 
Se o prazo para seu investimento for maior do que dez anos, esqueça o cenário econômico e o noticiário, afirma o consultor Raphael Cordeiro. A piora nas condições econômicas mundiais tende a impactar pouco na aplicação de quem olha o longo prazo. 


15 Inovação 
Repetir fórmulas de sucesso financeiro não é garantia de rentabilidade. "Seu pai pode ter feito fortuna no mercado imobiliário e você tende a repetir a fórmula, mesmo sem ter o menor talento para entender de imóveis", diz o consultor Raphael Cordeiro.




16 Pensamento 
Dinheiro atrai dinheiro. Regina Silva, do Gyraser Centro de Treinamento, especializado em psicologia financeira, de São Paulo, diz que é preciso ter o foco nos sonhos. "Se o alvo for dívida, trabalhe para pagá-la. Se for prosperidade, trabalhe pelo sucesso."


17 Faxina 
Comece o ano fazendo uma faxina na casa, decidindo o que será guardado, doado ou jogado no lixo. É possível reunir livros, CDs e DVDs para vender a um sebo ou anunciar os móveis que você não quer mais na internet. "Dá para oferecer na rede ou trocar por outra coisa que você queira", diz Regina. Além disso, qual mudança não passa por uma boa faxina? 


18 Relações 

Para quem é solteiro, a realização de um sonho depende só da sua dedicação. Já para quem tem um parceiro e filhos, a tarefa é mais complicada. É praticamente impossível contar com a colaboração da família se ela não estiver envolvida na realização de um projeto. "Se eles não se sentirem incluídos, não vão ajudar, o que é automaticamente uma sabotagem", diz. 


19 Cálculo 
Se seu sonho estiver grande para o seu bolso, não desista. Dá para mudar o destino ou diminuir o tempo de uma viagem, por exemplo. Outra opção é adiar o desejo até ter grana suficiente. 


20 Estudo 
No trato com o dinheiro, o conhecimento técnico é fundamental. "Eu aconselho ler um livro por mês sobre dinheiro e investimentos", diz a psicóloga Regina Silva. Vale qualquer coisa que aproxime você do mundo das finanças, com destaque para os livros de psicologia financeira e sites de finanças pessoais. "O importante é se manter atualizado e em contato com o tema", afirma Regina Silva.

segunda-feira, 19 de março de 2012

8 "mentiras" de carreira que você conta para si mesmo


Especialistas em coaching afirmam que essas desculpas são como obstáculos para que o profissional evite sair da zona de conforto

Comodismo não deve fazer parte do vocabulário de quem quer crescer na carreira. "Quando um profissional se sabota, geralmente é porque não tem um plano B para evoluir profissionalmente", afirma Mike Martins, diretor executivo da Sociedade Latino Americana de Coaching (SLAC).
Para João Mendes de Almeida, coach e consultor de carreira da Vicky Bloch Associados, a tendência das pessoas se acomodarem no emprego é compreensível: para evitar sair da zona de conforto elas criam obstáculos, muitas vezes mentais.
Confira abaixo, algumas frases que, segundo os especialistas sinalizam a auto sabotagem profissional.
1 Não trocarei seis por meia dúzia
Almeida afirma que o profissional que utiliza este argumento diante de uma nova oportunidade, normalmente, acredita que as empresas de sua área se parecem, quando nem sempre é verdade.
Para os especialistas, é preciso fazer uma pesquisa, conversar com profissionais de outras empresas e colocar no papel as vantagens e desvantagens de cada companhia. Às vezes, há uma oportunidade melhor, mas a iniciativa tem que partir do profissional.
2 Meu emprego é ruim, mas é melhor do que nada
"O desconhecido é difícil, mas esta frase é típica de um profissional que não faz esforço para mudar", afirma Almeida.
De acordo com Martins, é a mesma situação de quando uma pessoa é questionada sobre como vai o emprego. "Com o clássico ?estou levando?, é possível identificar de que algo está acontecendo", diz. E que o profissional tem uma postura passiva diante disso.
3 Não gosto do que faço, mas ganho razoavelmente bem
Típico de quem acha que não conseguirá achar um emprego melhor e demonstra apego ao salário. "Com o tempo, aquela quantia de dinheiro não será mais suficiente e ele estará no mesmo lugar e infeliz", explica Almeida.
4 Ficarei aqui temporariamente, daqui a dois ou três anos acontecerá alguma coisa melhor
Segundo os especialistas, o profissional que aguarda que fatores externos ajudem no plano de carreira corre o risco até de perder seu emprego. Depender de que a empresa mude ou que seu superior saia para você conquistar o cargo não é uma atitude inteligente.
5 Para mudar de emprego preciso fazer um curso de especialização, mas não tenho nem tempo e nem dinheiro
Para Almeida, neste caso o profissional devia se perguntar o que é viável de acordo com as condições dela. "O mais difícil é a pessoa identificar o que pode fazer para sair daquela situação. Há maneiras de sair do comodismo com cursos online ou bolsas de estudo", afirma.
Martins explica que o profissional que está sempre pensando em várias hipóteses e culpa o chefe e a empresa por não ter oportunidades, tem que parar e listar quais ações são necessárias para alcançar seu objetivo.
6 Meu chefe não reconhece meus méritos
Não ser reconhecido no trabalho é um problema. Entretanto, para Martins, essa atitude passiva faz com que o profissional se acostume a culpar os outros.
A frustração, muitas vezes, impede que o profissional avance e dedique a outros projetos e se destaque, em vez de ficar reclamando.
7 Eu faço meu trabalho bem, um dia as pessoas se lembrarão de mim
Mais uma vez, de acordo com Almeida, o profissional aguarda um reconhecimento do chefe ou dos colegas de trabalho. Mas alerta: ele não conseguirá isso só esperando "É preciso fazer um marketing pessoal e fazer networking no ambiente de trabalho", afirma.
8 Sou bom no que faço, pois atuo nessa área há muitos anos
Para os especialistas, o profissional que acredita que é bom e que está a salvo pode ser facilmente passado para trás se não "provocar" o mercado.
Fonte: EXAME.com